quarta-feira, 30 de setembro de 2009

23 CORPO ESPIRITUAL E VOLITAÇÃO


- Podemos receber alguma informação sobre a volita­ção do corpo espiritual?
- Na metamorfose dos insetos, a histólise alcança nota­damente os músculos e a máquina digestiva, atingindo apenas levemente o sistema nervoso e o sistema circulatório.
Efetuado o processo histolltico, segundo referencias ali­nhadas em outra parte do nosso estudo, os órgãos diferenciados voltam à posição embrionária que lhes era característica e só en­tão as células entram em segmentação, formando na histogênese os órgãos definitivos do inseto adulto, armado de recursos para librar na atmosfera.
Assim também, após a transfiguração ocorrida na morte, a individualidade ressurge com naturais alterações na massa mus­cular e no sistema digestivo, mas sem maiores inovações na constituição geral, munindo-se de aquisições diferentes para o novo campo de equilíbrio a que se transfere, com possibilidades de condução e movimento efetivamente não sonhados, já que o pensamento contínuo e a atração, nessas circunstâncias, não mais encontram certas resistências peculiares ao envoltório físi­co.
Ao homem comum, na encarnação, não é fácil, todavia, a articulação de uma idéia segura com respeito às condições de seu próprio corpo espiritual, além-túmulo, porque a mente, no plano físico, está inteiramente condicionada ao trabalho específico que lhe compete realizar, inelutavelmente circunscrita aos problemas de estrutura, e, por isso mesmo, incapacitada de identificar o reino inteligente de raios e ondas, fluídos e ener­gias turbilhonantes em que vive.
— Como entendermos a mente em si, individualizada e operante, se as células do corpo espiritual têm vida pró­pria como as do corpo físico?
— O problema é de simples orientação, qual acontece numa fábrica de largas proporções em que a gerência, unificada em seus programas de ação, supervisiona e comanda centenas de máquinas com diversos implementos cada uma, convergindo todas as peças do serviço para fins determinados.
— Quais os mecanismos das alterações de cor, densi­dade, forma, locomoção e ubiqüidade do corpo espiri­tual?
— A pergunta está criteriosamente formulada, no entanto, para a ela responder com segurança precisaremos dispor, na Terra, de mais avançadas noções acerca da mecânica do pensa­mento.
— Em que condições o corpo espiritual de um desen­carnado sofrerá compressões, escoriações ou ferimen­tos?
— Dentro do conceito de relatividade, isso se verifica nas mesmas condições em que o corpo físico é injuriado dessa ou daquela forma na Terra.
Não dispomos, entretanto, presentemente, de terminologia adequada na linguagem terrestre para mais amplas definições do assunto.
— Qual é a ordem de formação dos centros vitais pelo princípio inteligente no seu corpo espiritual?
— Sabemos que a formação dos centros vitais começou com as primeiras manifestações da plasmocinese nas células, sob a orientação das Inteligências Superiores; contudo, não dis­pomos ainda de particularidades técnicas para penetrar nesse domínio da ciência ontogenética.
— Como se processa a exteriorização dos centros vitais?
- Associando conhecimento magnético e sublimação es­piritual, os cientistas humanos chegarão, por si próprios, à reali­zação referida, como já atingiram noções preciosas quanto à re­gressão da memória e exteriorização da sensibilidade.
— Qual a importância da relação existente entre o baço e o centro esplênico, se o baço pode ser extirpado sem maiores prejuízos à continuação da existência do encar­nado?
— Compreendamos que a extirpação do baço em sua ex­pressão física, no corpo carnal, não significa a anulação desse órgão no corpo espiritual e que, interligado a outras fontes de formação sangüínea no sistema hematopoético, prossegue fun­cionando, embora imperfeitamente, no campo somático, atento às articulações do binário mente-corpo.
— Como compreenderemos a situação dos centros vitais no caso dos “ovóides”?
— Entendereis fácilmente a posição dos centros vitais do corpo espiritual, restritos na “ovoidização” — apesar de não terdes elementos terminológicos que a exprimam —, pensando na semente minúscula que encerra dentro dela os princípios or­ganogênicos da árvore em que se converterá de futuro.

Uberaba, 23/4/58.

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