quarta-feira, 30 de setembro de 2009

25 APRESENTAÇÃO DOS DESENCARNADOS


— Que princípios regem a apresentação dos Espíritos desencarnados aos médiuns humanos?
— O aspecto que as entidades desencarnadas assumem perante os médiuns humanos, quando se comunicam na Terra, pode variar infinitamente.
Os Espíritos superiores, pelo domínio natural que exer­cem sobre as células psicossomáticas, podem adotar a apresen­tação que mais proveitosa se lhes afigure, com vistas à obra me­ritória que se propõem realizar.
Entretanto, essa maneira de intercâmbio não é a mais co­mum, porque, de modo geral, os desencarnados impressionam os instrumentos mediúnicos encarnados na forma em que efetivamente se encontram.
Decerto, não falta indumentária digna às criaturas que se emanciparam do vaso físico, roupagem, toda ela, confeccionada com esmero e carinho por mãos hábeis e nobres da esfera extra-física.
É importante considerar, todavia, que os Espíritos desen­carnados, mesmo os de classe inferior, guardam a faculdade de exteriorizar os fluídos plasticizantes que lhes são peculiares, es­pécie de aglutininas mentais com que envolvem a mente me­diúnica encarnada, recursos esses nos quais plasmam, como lhes seja possível, as imagens que desejam expressar e que adquirem para as percepções do médium coloração e movimento, fazendo-o exprimir-se ou agir, em comportamento seme­lhante ao passivo comum na hipnose provocada. Tais fenômenos, porém, são isolados e apenas se verificam entre o médium e a entidade que o influencia, sem substância na realidade práti­ca, qual ocorre no campo das sugestões, durante a interligação mento-psíquica, entre o hipnotizado e o hipnotizador.
Como interpretaremos a existência de roupas, calça­dos e peças protéticas nas entidades desencarnadas se tais petrechos são inanimados, não sendo dirigidos de modo direto pela mente?
A mente não comanda as moléculas de algodão do vestuário de que se serve no corpo físico, mas pode usá-las, se­gundo as suas necessidades no mundo.
Ocorre o mesmo no Plano Espiritual, em que nos utiliza­mos das possibilidades ao nosso alcance para atender a esse ou àquele imperativo de nossa apresentação.

Uberaba, 30/4/58.

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