— Com Jesus, no entanto, a religião, como sistema educativo, alcança eminência inimaginável.
Nem templos de pedra, nem rituais.
Nem hierarquias efêmeras, nem avanço ao poder humano.
O Mestre desaferrolha as arcas do conhecimento enobrecido e distribui-lhe os tesouros.
Dirige-se aos homens simples de coração, curvados para a gleba do sofrimento e ergue-lhes a cabeça trêmula para o Céu. Aproxima-se de quantos desconhecem a sublimidade dos próprios destinos e assopra-lhes a verdade, vazada em amor, para que o sol da esperança lhes renasça no ser. Abraça os deserdados e fala-lhes da Providência Infinita. Reúne, em torno de sua glória que a humildade escondia, os velhos e os doentes, os cansados e os tristes, os pobres e os oprimidos, as mães sofredoras e as crianças abandonadas e entrega-lhes as bem-aventuranças celestes. Ensina que a felicidade não pode nascer das posses efêmeras que se transferem de mão em mão, e sim da caridade e do entendimento, da modéstia e do trabalho, da tolerância e do perdão. Afirma-lhes que a Casa de Deus está constituída por muitas moradas, nos mundos que enxameiam o firmamento, e que o homem deve nascer de novo para progredir na direção da Sabedoria Divina. Proclama que a morte não existe e que a Criação é beleza e segurança, alegria e vitória em plena imortalidade.
Pelas revelações com que vence a superstição e o crime, a violência e a perversidade, paga na cruz o imposto de extremo sacrifício aos preconceitos humanos que lhe não perdoam a soberana grandeza, mas, reaparecendo redivivo, para a mesma Humanidade que o escarnecera e crucificara, desvenda-lhe, em novo cantico de humildade, a excelsitude da vida eterna.
Nem templos de pedra, nem rituais.
Nem hierarquias efêmeras, nem avanço ao poder humano.
O Mestre desaferrolha as arcas do conhecimento enobrecido e distribui-lhe os tesouros.
Dirige-se aos homens simples de coração, curvados para a gleba do sofrimento e ergue-lhes a cabeça trêmula para o Céu. Aproxima-se de quantos desconhecem a sublimidade dos próprios destinos e assopra-lhes a verdade, vazada em amor, para que o sol da esperança lhes renasça no ser. Abraça os deserdados e fala-lhes da Providência Infinita. Reúne, em torno de sua glória que a humildade escondia, os velhos e os doentes, os cansados e os tristes, os pobres e os oprimidos, as mães sofredoras e as crianças abandonadas e entrega-lhes as bem-aventuranças celestes. Ensina que a felicidade não pode nascer das posses efêmeras que se transferem de mão em mão, e sim da caridade e do entendimento, da modéstia e do trabalho, da tolerância e do perdão. Afirma-lhes que a Casa de Deus está constituída por muitas moradas, nos mundos que enxameiam o firmamento, e que o homem deve nascer de novo para progredir na direção da Sabedoria Divina. Proclama que a morte não existe e que a Criação é beleza e segurança, alegria e vitória em plena imortalidade.
Pelas revelações com que vence a superstição e o crime, a violência e a perversidade, paga na cruz o imposto de extremo sacrifício aos preconceitos humanos que lhe não perdoam a soberana grandeza, mas, reaparecendo redivivo, para a mesma Humanidade que o escarnecera e crucificara, desvenda-lhe, em novo cantico de humildade, a excelsitude da vida eterna.
REVIVESCÊNCIA DO CRISTIANISMO — Erige-se, desde então, o Evangelho em código de harmonia, inspirando o devotamento ao bem de todos até o sacrifício voluntário, a fraternidade viva, o serviço infatigável aos semelhantes e o perdão sem limites.
Iniciam-se em todo o Orbe imensas alterações. A crueldade metódica cede lugar à compaixão. Os troféus sanguinolentos da guerra desertam dos santuários. A escravidão de homens livres é sacudida nos fundamentos para que se anule de vez. Levanta-se a mulher da condição de alimária para a dignidade humana. A filosofia e a ciência admitem a caridade no governo dos povos. O ideal da solidariedade pura começa a fulgir sobre a fronte do mundo.
Moisés instalara o princípio da justiça, coordenando a vida e influenciando-a de fora para dentro.
Jesus inaugurou na Terra o princípio do amor, a exteriorizar-se do coração, de dentro para fora, traçando-lhe a rota para Deus.
Moisés instalara o princípio da justiça, coordenando a vida e influenciando-a de fora para dentro.
Jesus inaugurou na Terra o princípio do amor, a exteriorizar-se do coração, de dentro para fora, traçando-lhe a rota para Deus.
E eis que o Cristianismo grandioso e simples ressurge agora no Espiritismo, induzindo-nos à sublimação da vida íntima, para que nossa alma se liberte da sombra que a densifica, encaminhando-se, renovada, para as culminâncias da Luz.
Pedro Leopoldo, 13/4/58.
Pedro Leopoldo, 13/4/58.
SEGUNDA PARTE
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