quarta-feira, 30 de setembro de 2009

30 DISCIPLINA AFETIVA


— Em que bases se verifica a disciplina afetiva nas so­ciedades espirituais das Esferas Superiores?
— Enganam-se lamentavelmente quantos possam admitir a incontinência sexual como regra de conduta nos planos supe­riores da Espiritualidade.
Médiuns que tenham observado as regiões de licenciosi­dade, ou desencarnados que a respeito delas venham a traçar essa ou aquela notícia, reportam-se apenas a lugares naturalmente inferiores, extremamente afins com a poligamia embrute­cente, por mais brilhantes se lhes externem as conceituações fi­losóficas.
Nos planos enobrecidos, realiza-se tambêm o casamento das almas, conjugadas no amor puro, verdadeira união esponsa­lícia de caráter santificante, gerando obras admiráveis de pro­gresso e beleza, na edificação coletiva (11), e quando semelhan­te enlace deva ser adiado, por circunstâncias inamovíveis, os Espíritos de comportamento superior aceitam, na Terra, a luta pela sublimação das forças genésicas, aplicando-as em trabalho digno, com abstenção do comêrcio poligâmico, tanto mais in­tensamente quanto mais ativo se lhes revele o esforço no acriso­lamento próprio.
Aliás, cabe considerar que na renúncia construtiva a que se entregam, na expectativa, às vezes longa, do amor que os in­tegrará na complementação desejada, encontram, no serviço aos semelhantes, preciosas oportunidades de burilamento e progres­so, acentuando em si mesmos os altos valores da cultura e da emoção, que lhes propiciam gozos íntimos dos mais alevanta­dos e mais puros.

(11) Para mais clara compreensão do delicado assunto que André Luis ora focaliza, pedimos ao leitor reler com atenção, no livro “Missionários da Luz”, recebido mediunicamente por Francisco Cândido Xavier, as elucidações compreendidas entre as páginas 198 e 203. — (Nota da Editora.)

Pedro Leopoldo, 25/5/58.

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