quarta-feira, 30 de setembro de 2009

24 LINHAS MORFOLÓGICAS DOS DESENCARNADOS


- A que diretrizes obedecem as entidades desencarnadas para se apresentarem morfologicamente?
- As linhas morfológicas das entidades desencarnadas, no conjunto social a que se integram, são comumente aquelas que trou­xeram do mundo, a evoluírem, contudo, constantemente para melhor apresentação, toda vez que esse conjunto social se demore em esfera de sentimentos elevados.
A forma individual em si obedece ao reflexo mental dominante, notadamente no que se reporta ao sexo, mantendo-se a criatura com os distintivos psicossomáticos de homem ou de mulher, segundo a vida íntima, através da qual se mostra com qualidades espirituais acentuadamente ativas ou passivas. Fácil observar, assim, que a desencarnação li­bera todos os Espíritos de feição masculina ou feminina que estejam na reencarnação em condição inversiva atendendo a provação necessária ou a tarefa específica porqüanto, fora do arcabouço físico, a mente se exte­rioriza no veículo espiritual com admirável precisão de controle espontâneo sobre as células sutis que o constituem. (10)

(10) Devemos esclarecer que essas ocorrências, para efeito de respon­sabilidade cármica e Identificação pessoal respeitam, via de regra, a ficha individual da existência última vivida pela personalidade na Terra, situação que perdura até novo estágio evolutivo que se processa, seja na reencarnação, seja na promoção a mais alto nível de sublimação e serviço. — (Nota do Autor espiritual.)

Ainda assim, releva observar que se o progresso mental não é positivamente acentuado, mantém a personalidade de­sencarnada, nos planos inferiores, por tempo indefinível, a plástica que lhe era própria entre os homens. E, nos planos relativamente superiores, sofre processos de metamorfose, mais lentos ou mais rápidos, conforme as suas disposições Íntimas.
Se a alma desenleada do envoltório físico foi transferida para a moradia espiritual, em adiantada senectude, gastará al­gum tempo para desfazer-se dos sinais de ancianidade corpórea, se deseja remoçar o próprio aspecto, e, na hipótese de haver partido da Terra, na juventude primeira, deverá igualmente es­perar que o tempo a auxilie, caso se proponha a obtenção de tra­ços da madureza.
Cabe, entretanto, considerar que isso ocorre apenas com os Espíritos, aliás em maioria esmagadora, que ainda não dispõem de bastante aperfeiçoamento moral e intelectual, pois quanto mais elevado se lhes descortine o degrau de pro­gresso, mais amplo se lhes revela o poder plástico sobre as células que lhes entretecem o instrumento de manifestação. Em alto nível, a Inteligência opera em minutos certas altera­ções que as entidades de cultura mediana gastam, por vezes, alguns anos a efetuar.
Temos também nas sociedades respeitáveis da Espiri­tualidade aqueles companheiros que, depois de estágios de­purativos, se elevam até elas, por intercessões afetivas ou merecimentos próprios, carregando, porém, consigo, determi­nadas marcas deprimentes, como sejam mutilações que os des­figuram, inibições ou moléstias que se denunciam na psicos­fera que os envolve, ou distintivos outros menos dignos, como remanescentes de circuitos mentais dos remorsos que padeceram, a se lhes concentrarem, desequilibrados, sobre certas zonas do corpo espiritual, mas, em todos esses casos, as entidades em lide ali se encontram, habitualmente, por pe­ríodos limitados de reeducação e refazimento, para regressa­rem, a tempo breve, no rumo das sendas de saneamento e res­gate nas reencarnações redentoras.

Pedro Leopoldo, 27/4/58.

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